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Jun 09, 2023

Os depósitos não segurados devem receber uma etiqueta de advertência?

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Após o colapso dos bancos, alguns pediram que o FDIC garantisse todos os depósitos. Mas pode haver uma solução mais estratégica.

Por Andrew Ross Sorkin, Lauren Hirsch e Sarah Kessler

Como evitamos a próxima corrida ao banco?

Se houve uma lição na recente onda de falências de bancos, é que a fuga de depósitos agora pode acontecer rapidamente. Não é mais necessário que um caixa entregue dinheiro aos clientes que esperam em longas filas ao redor do quarteirão. Dezenas de bilhões de dólares podem desaparecer em horas ou minutos.

É por isso que garantir depósitos se tornou tão crucial. A Federal Deposit Insurance Corporation garante explicitamente os primeiros $ 250.000 em qualquer conta, mas nada além disso. Até agora, o governo Biden garantiu implicitamente todos os depósitos invocando uma "exceção de risco sistêmico" - mas essa garantia implícita não foi genuinamente testada contra uma corrida a vários bancos ao mesmo tempo.

Existem argumentos justos para que o FDIC garanta todos os depósitos, mas pode haver uma solução mais estratégica, cirúrgica e de livre mercado.

Considere o seguinte: e se o sistema bancário se unisse em torno de um programa de seguro separado — vamos chamá-lo de FDIC+ — para depósitos acima de US$ 250.000?

Os bancos poderiam decidir se usariam o programa de seguro. Se o fizessem, poderiam comercializar e anunciar que todos os depósitos eram segurados. Se eles decidissem não fazê-lo, o Federal Reserve poderia exigir que eles tivessem exigências de capital mais altas e outras restrições para mitigar a possibilidade de uma corrida.

O Departamento de Proteção Financeira do Consumidor poderia então exigir que os bancos usassem o equivalente à etiqueta de advertência nos cigarros para mostrar quais contas não eram seguradas. Esse aviso apareceria nos aplicativos e extratos dos clientes, deixando claro para os clientes quando seu dinheiro não estava seguro e eles não seriam resgatados.

Tais restrições seriam um forte incentivo para os bancos participarem do programa FDIC+. Como os bancos pagariam para garantir seus grandes depósitos, o programa também forneceria um incentivo para melhores modelos de negócios.

O Silicon Valley Bank, que faliu no mês passado, atendia aos ricos. O mesmo vale para o First Republic Bank, cujo preço das ações caiu mais de 43% na sexta-feira, pois seu destino permaneceu incerto. A Bloomberg informou no sábado que o FDIC pediu ao JPMorgan Chase e ao PNC que apresentassem ofertas finais para o credor em dificuldades neste fim de semana, em um esforço para intermediar uma venda ordenada.

O Silicon Valley Bank ofereceu aos executivos de tecnologia bons negócios em hipotecas e muito mais. Muitos desses executivos, por sua vez, incentivaram as empresas em que investiram a depositar seu dinheiro nos bancos. A First Republic tinha uma tática de negócios semelhante: distinguia-se por oferecer aos clientes ricos hipotecas gigantescas e oferecer um atendimento ao cliente espetacular.

Isso significava que os bancos tinham um grande número de depósitos superiores a US$ 250.000, que não são garantidos pelo fundo de seguro de depósitos do governo. Quase 90% dos cerca de US$ 88 bilhões do SVB não tinham seguro. E cerca de dois terços dos depósitos da Primeira República não tinham seguro no final do ano passado.

Isso deixou os bancos vulneráveis ​​a voos. Eles não apenas tinham grandes quantias de depósitos não garantidos, que as empresas também costumam manter em suas contas, como também tinham um grande número de clientes com redes fortes que eram capazes de detectar problemas e fugir mais rapidamente do que uma empresa pode ter. O banco administrado pelo SVB "parece ter sido alimentado pelas mídias sociais e pela rede concentrada do SVB de investidores de capital de risco e empresas de tecnologia", concluiu um relatório divulgado pelo Federal Reserve.

Talvez o FDIC+ o tivesse evitado. — Andrew Sorkin e Lauren Hirsch

A Fox News demitiu Tucker Carlson. O conselho da Fox Corporation tomou a decisão depois de descobrir mensagens privadas ofensivas de Carlson que foram redigidas em processos judiciais para o caso de difamação da Dominion Voting Systems contra a Fox. Após a demissão de Carlson, a mídia estatal russa teria lhe oferecido um emprego, e a audiência do canal de notícias conservador Newsmax explodiu. A CNN também demitiu um âncora esta semana: Don Lemon, que fez comentários em fevereiro sobre as mulheres e o envelhecimento que foram amplamente percebidos como sexistas.

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